Uma adolescente de 15 anos morreu, nesta quarta-feira (29/5), após sofrer complicações pulmonares associadas ao uso de cigarro eletrônico. A jovem ficou internada por cerca de um mês, mas não resistiu às lesões provocadas pelo vape, que já haviam comprometido severamente os dois pulmões.
De acordo com a pneumologista Alessandra Camargo, que acompanhou o caso, a paciente apresentava tosse persistente havia cerca de quatro meses. Durante esse período, passou por diferentes unidades de saúde da rede pública — incluindo um pronto-socorro e dois hospitais — até ser internada em estado grave no HRAN. Na ocasião, o pulmão esquerdo já havia parado de funcionar.
Ao Correio, a médica destacou que o caso serve de alerta para os perigos do cigarro eletrônico, principalmente entre adolescentes. “Os jovens são mais vulneráveis, porque não têm consciência de que estão dependentes daquilo e que devem parar”, afirmou.
A médica contesta a ideia de que o vape seja uma alternativa mais segura ao cigarro tradicional. Segundo ela, os danos provocados pelos dispositivos eletrônicos podem ser até mais agressivos, dependendo da frequência e da composição das substâncias inaladas. “O maior risco é a pneumonia lipoídica — resposta inflamatória dos pulmões, causada pela inalação de partículas oleosas e lipídicas presentes nos líquidos dos cigarros eletrônicos —, que é muito difícil de tratar”, advertiu.
Fonte Correio Braziiense
